segunda-feira, junho 22, 2020

Gazeta de Lisboa

Publica-se uma crónica de Rafael Neto, aluno do 8ºC da professora Teresa Leitão (História):



Escrita livre

Estátua de Mário de Sá-Carneiro, Parque dos Poetas, Oeiras
No seu Plano à distância, a Biblioteca Escolar propunha-se publicar textos e trabalhos de alunos, como, aliás, já tem feito.
Desta vez, a professora Ana Paula Lopes sugeriu a publicação de um texto de opinião sobre a COVID-19 e dois comentários a poemas de que os seus alunos adolescentes tivessem gostado.

O resultado pode ser visto aqui, aqui e
aqui


Urgentemente, de Eugénio de Andrade



Estátua de Eugénio de Andrade, Parque dos Poetas, Oeiras



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


Eugénio de Andrade



Este poema faz-me sentir pensativa, pois relembra-me o nosso dia a dia, que é feito de ódio e amor ao mesmo tempo. Como o sujeito poético diz, a nossa humanidade tem que aprender a deixar os conflitos para trás e começar a unir-se mais e a espalhar mais amor, só assim poderemos encontrar o caminho para a felicidade.
Fico a pensar se algum dia a crueldade irá acabar de vez e se as pessoas vão deixar de ser pessimistas e más para com outras. 
Este poema é como se fosse um apelo à harmonia, o poeta deseja “urgentemente” que deixemos de criar dias cinzentos e comecemos a encarar a vida de uma forma mais feliz.

Comentário de Bruna Inácio, 8ºA

O recreio, de Mário de Sá-Carneiro


Imagem de https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=30591&picture=baloico-velho

Na minha Alma há um balouço
Que está sempre a balouçar ---
Balouço à beira dum poço,
Bem difícil de montar...
- E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...
Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...
- Cá por mim não mudo a corda,
Seria grande estopada...
Se o indez morre, deixá-lo...
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar-se enquanto vive...
- Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive...
                       Mário de Sá-Carneiro


Este poema lembra-me a minha infância e os tempos em que eu brincava e tinha vestido o bibe do meu colégio. Faz-me sentir feliz por recordar esses momentos e faz-me também sentir muitas saudades. Desejo sentir sempre uma criança no meu interior, assim como o autor do poema, uma vez que a minha infância está associada a sentimentos muito positivos como a alegria, a liberdade, o amor, o carinho, a diversão.
Comentário de Guilherme Pereira, 8º C 

A natureza e a Covid-19 - Texto de opinião

Imagem de https://pixabay.com/pt/photos/natureza-montanha-lago-paisagem-3590885/



O coronavírus mudou muitos dos nossos hábitos de vida. O facto de ter alterado o dia-a-dia do homem levou a que a fauna e a flora se alterassem também, de uma forma positiva.
Como estou isolada e com mais tempo para pensar, acabo por gastar grande parte do meu tempo a divagar em pensamentos sobre este tema e cada vez sinto mais saudades da natureza. A natureza é um elemento essencial na nossa vida e só quando sentimos a sua ausência é que entendemos o quão importante ela é no nosso dia-a-dia.
Apesar da diferença que se tem sentido em ter de respirar pela janela ao invés de estar ao ar livre, o que é angustiante, isto também trouxe as suas vantagens. Com o confinamento, houve menos movimentação de carros pelas estradas e muitas fábricas fizeram uma pausa na produção, o que provocou uma diminuição da poluição, ajudando na diminuição do buraco da camada de ozono.
Podemos concluir que esta pandemia, que nos levou ao confinamento, para o qual ninguém estava preparado, também nos trouxe o rejuvenescer do planeta Terra. Neste momento é viver um dia de cada vez e adaptarmos a nossa rotina a esta pandemia, pois esta também trouxe os seus benefícios à nossa casa.



Texto de opinião da aluna Sara Gonçalves (8ºA)

Contos de alunos premiados

Escritora Isabela Figueiredo e 8ºA em março na ESARS

No início de março, os alunos do 8ºA participaram num encontro com a escritora Isabela Figueiredo, atividade inserida na comemoração da Semana da Leitura.
Foi-lhes lançado o repto de, em grupo, construírem contos, que seriam lidos e comentados pela autora de A gorda. Às três melhores narrativas seriam atribuídos prémios simbólicos.

Entretanto, as escolas encerraram devido ao estado pandémico por COViD-19 e, com o decretar de estado de calamidade e sucessivo estado de emergência, as atenções recaíram sobretudo sobre o ensino à distância.
Passados estes meses de impacto, foi finalmente marcada uma sessão online com a escritora, para dialogar com os alunos sobre os seus contos, entretanto corrigidos e aperfeiçoados.
Infelizmente, um imponderável levou à ausência de Isabela Figueiredo. A videoconferência aconteceu, ainda assim, dinamizada pela professora bibliotecária da ESARS, que corrigira os textos, ora publicados neste blogue:

Ler a pé - 1º prémio de Escrita Criativa, de Sara Gonçalves, João Marquês, Yann Lima e João Horta;

Cristiano Ronaldo na Amora - 2º prémio de Escrita Criativa, de Tatiana Santos, Luana Pinto, Maria Quintal, Francisco Pereira e Mariana Galvão;


Jessie - 3º prémio de Escrita Criativa, de Catarina Afonso, Gabriel Matias e Rafael Silva



Além dos alunos, estiveram presentes as professoras Ana Paula Lopes, de português, e Gabriela Alves, diretora de turma do 8ºA.

Incitados a comentar o encontro com a escritora, todos manifestaram ter sido um momento marcante nas suas vidas:

"Eu acho que foi bom. Foi uma oportunidade única. Foi uma experiência só nossa", referiu o João Horta, coautor do texto vencedor do 1º prémio.

"Foi engraçado porque eu nunca tinha visto uma autora tão famosa", declarou outro aluno.

"Consegui melhorar a minha escrita", confessou a Sara, que sonha continuar a escrever.

Para todos, a professora de português pensa ter sido uma experiência gratificante.

Obrigada à escritora e parabéns aos vencedores! E não se esqueçam das palavras do Nobel da Literatura português, José Saramago: "é preciso ser bom leitor, para ser bom escritor".
   

Ler a pé - 1º prémio de Escrita Criativa

Eu tinha acordado, estava a ser um dia como todos os outros e, como sempre, acordei atrasado para o trabalho. Assim que cheguei tinha uma grande parte dos meus colegas a reclamar que o chefe queria falar comigo quanto antes. Subi pelo elevador e, a cada segundo que passava, mais nervoso ficava. Será que vou ser demitido? Arranjaram alguém melhor que eu? - estava eu a pensar. Os meus atrasos já eram uma rotina diária e todos diziam que qualquer dia iria ter as consequências.
O meu chefe, Luís Silva, abriu-me a porta bastante sorridente, tudo menos o que eu esperava. Começou a dizer que tinha uma proposta para mim e da qual poderia depender o meu emprego.
- É bastante simples, Tiago, vais a uma escola do Seixal e vais falar com uma aluna chamada Catarina, do oitavo ano, turma A.
- Oitavo ano?! - exclamei – ou ela tem super poderes para ser reconhecida pelo senhor ou não sei.
- Deixa-me acabar de falar. Ela mandou um currículo para representar o projeto “Microsoft Teen”, lembras-te de te ter falado do projeto? Ela parece ser aquilo que nós procuramos. Para além de determinada, entende bastante de programação para a sua idade.
Imagem de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:TIC-en-Educacion1.jpg

Enquanto passava pela ponte lembrei-me que a esteticista da minha rua, a melhor amiga de todas as mulheres, era desta zona e então mantive a minha mente calma e pensei positivamente. Pelo que me lembro, a escola de Catarina pareceu-me um pouco velha pois a tinta cor-de-rosa dos pavilhões estava a ficar branca e as portas já gritavam por óleo.
Quando entrei na sala B13 vi imensos miúdos e nenhum parecia ser a grande Catarina de que Luís falava. Fiz o meu discurso o mais claro possível e no final pedi para falar com a Catarina noutro local. Lembro-me da cara de espanto do resto dos alunos e começaram a gritar e a bater na mesa, pareciam animais! Quando pude olhar um pouco mais para ela, notei que os seus olhos negros naquele momento estavam a brilhar de alegria.
- Catarina, isto não é nenhuma brincadeira. Espero que sejas menina suficiente para representar um futuro projeto que, se tudo correr bem, terá muito sucesso.
E no momento em que ela começou a falar, caiu-me a ficha:
- Muito obrigada pela oportunidade! Tenho a certeza de que estou à altura deste projeto para levá-lo para a frente.
Ela era muito bem-educada e calma a falar. E para ser sincero, estava a fazer um discurso mais coerente que muitos colegas meus nas suas entrevistas de emprego.
- Então é bastante simples. Tal como fizeste no vídeo que mandaste à empresa, vais criar de novo um aplicativo da forma que quiseres. As únicas regras é que tem de ser para crianças entre os 10 e os 15 anos. Essa poderá ser a primeira aplicação do Microsoft Teen, se tudo correr bem.
Fomos para uma sala de TIC, eu sentei-me numa secretária ao lado da dela e informei que se ela precisasse de ajuda eu não a poderia dar pois isto era como um exame da escola. Ela determinada confessou:
- Tenho a certeza de que sozinha irei conseguir, pode ficar descansado e ver um filme na Netflix- e rimo-nos os dois.

Imagem de https://zh.m.wikipedia.org/wiki/File:Diary_of_Anne_Frank_28_sep_1942.jpg

Passou-se uma hora e meia e a aplicação já estava criada e com um logótipo atrativo. A “Ler a pé” tinha como objetivo os adolescentes andarem, por exemplo, 100 metros e só depois recebiam o capítulo seguinte. No meu caso, escolhi o livro Diário de Anne Frank, um dos livros favoritos da minha adolescência, e tive que andar 250 metros para receber mais 70 páginas e continuar a ler. Para além de poder vir a incentivar os adolescentes a ler mais diariamente, também é um aplicativo adequado a outras idades, como a idade adulta.
O Luís adorou a ideia e quis pô-la logo em prática quanto antes. Quis conhecer a grande artista e passado algum tempo ela já estava a ter algumas reuniões com ele (ela continua a ser uma adolescente e não merece ter a vida de adulto por isso até foram poucas reuniões).
Atualmente, ela irá ser a “trabalhadora do mês” pela quarta vez consecutiva e chegou a um nível de empenho e sucesso a que muitos ainda não chegaram e tenho muito prazer em trabalhar com ela e considerá-la uma amiga.

Sara Gonçalves, João Marquês, Yann Lima e João Horta 

(8ºA)

Cristiano Ronaldo na Amora - 2º prémio de Escrita Criativa


O meu nome é Tetyana, ucraniana de nascença, mas a vida fez-me emigrar e vir morar em Portugal, em Paio Pires mas algum tempo se passou e decidi mudar-me para a Amora, margem sul do Tejo mais propriamente. Eu tenho um salão de beleza e sou apaixonada pelo meu trabalho, mas nas horas vagas gosto de escrever para o jornal da região, e não vão acreditar no que eu descobri!

Imagem de https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=270080&picture=manicure-pequena-com-rosa


No mês de março de 2020, andava eu no meu passeio pela baía da Amora e quem encontrei? O Cristiano Ronaldo e a sua família. Tive de olhar algumas vezes para perceber se eram realmente eles. Ora, por uma questão de curiosidade e admiração, fui ter com eles, estava muito curiosa acerca do porquê de estarem ali. Como também tenho um casal de gémeos (sim, decidi adotar um casal de gémeos), fiz conversa com eles e descobri o que achava ser impossível, nem apareceu nos media. Parece que o Cristiano teve uma grande lesão e já não pode jogar em Itália, nem no futebol profissional. Então ele e a Georgina decidiram mudar-se para a Amora, queriam fazer a vida num lugar sossegado, onde eles pudessem criar as crianças com calma e sem confusão, mas como ele ainda poderia jogar mas sem muitos esforços decidiu começar a treinar no Futebol Clube da Amora pois não queria parar de jogar tão repentinamente. Falámos por algum tempo, pouco depois cada um foi para sua casa, até tivemos uma conversa agradável.

Imagem de https://pixabay.com/pt/photos/viagens-cristiano-ronaldo-cr7-3063482/

Um tempo depois tornei-me a manicure da Georgina. Avisei-a logo de que não fazia unhas de gel mas ela não se importou, disse que podiam ser à minha maneira. Começámos a conversar mas sempre que ela lá ia conseguíamos pôr a conversa em dia. Começámos a aproximar-nos. Afinal eles são pessoas normais e não é por serem de uma classe alta que não podem ter amigos de classes inferiores. O tempo foi passando e lidávamos mais uns com os outros, até passávamos algum tempo juntos por causa das crianças.
Mas nem tudo são flores. Infelizmente tive uns problemas no salão. Alguns aparelhos estavam muito gastos e já estavam a estragar-se e se isto já não era bom ainda por cima estava a ter menos clientela porque tinha aberto outro salão de beleza. Eu precisava de ajuda mas sempre fui uma pessoa que não gosta de incomodar os outros. Então decidi escrever mais para o jornal da região. Eu até tinha jeito para escrever mas não era como ter o salão, pois isso era a minha paixão mas eu precisava de ganhar uns trocos com alguma coisa. Então, por que não?
Os clientes habituais começaram a achar estranho pois agora fechava o salão mais cedo do que o habitual. Como a Georgina já era uma cliente habitual e como falava mais comigo, perguntou-me o motivo pelo qual eu estava a fechar tão cedo. Acabei por lhe dizer, pois já eramos muito próximas ela perguntou-me porque é que eu n tinha dito nada, pois eles teriam ajudado. Eu disse que não era preciso, mas ela insistiu, pois é isso que fazem os amigos.
Pouco tempo depois tudo começou a resolver-se. Ainda ia demorar um pouco, pois tinha que arranjar muita coisa no salão. Pensei que poderia escrever uma história sobre o que se tinha passado ao longo destas semanas e tentar passar uma mensagem às pessoas que chegassem a ler que as diferenças não interessam, mesmo que sejamos de classes diferentes, cor ou nacionalidade. Não interessa, podemos dar-nos todos bem.       

Tatiana Santos, Luana Pinto, Maria Quintal,
Francisco Pereira, Mariana Galvão (8º A)

Jessie - 3º prémio de Escrita Criativa


Eu, Carla ou mais conhecida por Bailarina do nº8, fui visitar a minha filha, as minhas duas netas e o meu novo genro, na sua casa nova na Caparica. Quando cheguei lá descobri que o Gabriel (namorado da minha filha) não estava em casa e tinha ficado preso em Itália numa viagem de negócios, devido a uma nova pandemia por causa de um novo coronavírus, e por normas de segurança ele não podia voltar para casa. Então a minha filha pediu-me ajuda com as crianças e que eu ficasse pelo menos mais uma semana na sua casa. Aceitei, pois não via as minhas netas há muito tempo e queria matar saudades.
    Comecei por ajudar a minha filha e quando acabei as tarefas decidi levar as minhas netas a brincar lá fora, levámos as bicicletas e fomos dar uma volta à Costa de Caparica. Como não estava muito frio também levámos os fatos de banho para mais tarde ir à praia. O dia estava a ser fantástico, comprámos gelados, fomos ao parque e por fim fomos à tão esperada praia. Deviam ser umas 19:00 horas quando chegámos, mas não havia problema porque o sol ainda estava bem alto.
Enquanto estava distraída com o mar, as minhas netas aproximaram-se de um cão. Se não me engano era um Bulldog francês (não vejo muito bem e os óculos tinham ficado em casa). Tive um ataque de pânico na hora, levantei-me depressa, peguei- as ao colo e afugentei o cão, porque quando era pequena aconteceu-me exatamente o mesmo só que o final da minha história foi diferente, enquanto o delas foi continuar na praia e ir à água, o meu acabou num hospital com o braço a sangrar.
Passado um bocado decidi arrumar as coisas e voltar para casa, já estava a ficar tarde e a mãe delas já me tinha telefonado a dizer que o jantar estava pronto.
No dia seguinte, fiz as mesmas tarefas do dia anterior, só que desta vez também tive que aturar uma ou duas birras entre a Sofia e a Rita (as minhas netas). Despachei rapidamente o assunto ameaçando não irmos á praia se continuassem a discutir. No final do dia, como elas se portaram “bem” (como quem diz), levei-as á praia.
Mais tarde, quando eu e as minhas netas estávamos a relaxar na toalha aquele tal cão apareceu, mas desta vez o meu instinto não foi afastá-lo, mas sim aproximar-me. O cão parecia estar cheio de fome e muito triste, fui buscar uma sandes á lancheira e fiz sinal ao cão para vir buscá-la. Quando se começava a aproximar percebi duas coisas: tinha coleira, o que fazia entender que tinha dono e se tinha perdido, e não era um cão mas sim uma cadela.
A cadela deitou-se na toalha comigo e, de uma maneira muito subtil e delicada, tirei-lhe a coleira e li o que dizia em voz alta pois as minhas netas estavam tão curiosas quanto eu acerca do nome dela:
   - Jessie.
Brincámos com ela toda a tarde até que chegou a hora de ir embora. Parecia que a Jessie percebia o que estava a acontecer, pois começou a chorar. Não podia deixá-la ali sozinha à noite. Então telefonei à minha filha a explicar a situação e a pedir que ficássemos com ela só aquela noite. Ela não pôde dizer que não, tinha o coração tão mole como o da sua mãe.
Quando chegámos a casa, a minha filha foi logo ver como era o cão e como era o seu comportamento, percebeu que o cão era amável, carinhoso e não faria mal ás crianças mas mandou-me logo ir à loja de animais comprar gel de banho, ração, trela, cama, tigelas e brinquedos, levei o carro da minha filha e rapidamente cheguei ao local. Comprei tudo de que precisava, não exagerei na quantidade pois não sabia quanto tempo o cão ficaria lá.
Quando cheguei a casa levei logo um discurso da minha filha a dizer que o cão era minha responsabilidade e eu é que o levaria a passear e se ele fizesse necessidades era eu que tinha que limpar. Depois da longa conversa mandou-me ir dar banho ao cão. Como eu já tinha tido um cão, achei que seria fácil…Bem, eu estava totalmente enganada, era água e espuma para todo o lado, mas pelo menos ela estava limpa. Depois de lhe dar banho e limpar a casa de banho fomos todos para a sala de estar e decidimos onde a Jessie ia dormir, acabámos por deixar que dormisse no quarto da Rita e da Sofia.
Passámos uma excelente noite e na manhã a seguir nem tivemos que acordar cedo pois o cão ainda dormia e eram 09:00 da manhã, liguei a televisão da cozinha e pus no telejornal, deparei-me com uma notícia sobre coronavírus. Estávamos em quarentena, fiquei com medo de não poder levar o cão a passear, mas depois descobri que ainda era permitido.
No dia a seguir, levei a Jessie a passear de novo mas desta vez tive que levar duas crianças atrás. Quando cheguei à praia reparei que ela estava vazia e fiquei abismada, mas lá no fundo agradecia porque queria dizer que as pessoas já estavam a perceber a gravidade da situação. Quando voltava para casa deparei-me com um cartaz a dizer “Cão desaparecido”. Comecei a ler as informações sobre o cão, era um Bulldog francês preto, chamava-se Jessie e tinha-se perdido dos donos quando estava a passear. Por baixo tinha um número de telefone do suposto dono. Olhei para a foto que estava no cartaz e percebi que era o mesmo cão. As minhas netas já sabiam ler e começaram a chorar dizendo para não o devolvermos.


Não sabia o que fazer, apontei o número do dono e voltámos para casa. Quando lá chegámos mandei as minhas netas para o quarto, elas contrariaram mas depois obedeceram. A minha filha e eu fomos para a sala com a Jessie, expliquei o que se tinha passado e a minha filha ficou muito triste. Apesar de não termos ficado muito tempo com o cão, já tínhamos um grande laço com ele, tomámos a decisão e chamámos a Rita e a Sofia. Depois de lhes contarmos houve muito choro, era triste mas era a escolha acertada, decidimos devolver o cão. Telefonei para o número que estava no cartaz e disse que tínhamos o cão, dei a morada e vieram rapidamente cá ter, tocaram à campainha e nós abrimos. Eram uma mãe e uma filha. Quando a Jessie as viu foi a correr, e nesse momento soubemos que tínhamos feito a escolha acertada. Convidámo-las a entrar, falámos durante um bocado mas já estava a ficar tarde e foi aí que começou outro choro, nós explicámos que a Jessie pertencia a outra família que a amava tanto ou mais que nós, elas disseram adeus e foram para o seu quarto a chorar, foi triste mas era o acertado.
No dia a seguir elas já estavam melhores, e tivemos a excelente notícia de que o Gabriel ia voltar. Quando chegou trazia uma caixa embrulhada, um presente para a Rita e para a Sofia. Quando abriram viram um cão, um Golden Retriever. Ficaram muitos felizes, fomos logo dar um passeio pela Costa de Caparica e reparámos num bulldog francês preto com uma mãe e uma filha, obviamente era a Jessie, que estava feliz com as suas donas e as minhas netas finalmente tinham percebido por que tivemos que devolver o cão. Para mim era um final feliz.

Catarina Afonso, Gabriel Matias e Rafael Silva (8ºA)

segunda-feira, junho 15, 2020

A Natureza e a sua Importância

A Natureza é algo bonito e muito importante para os seres humanos. Há muito tempo, os nossos antepassados chamavam a Natureza de casa, foi ela que nos permitiu evoluir e chegar aos dias de hoje, sem ela nada disto seria possível.
A Natureza também produz um dos mais importantes elementos químicos, o oxigénio. Quando as árvores fazem a fotossíntese elas trocam o dióxido de carbono (expiração) pelo oxigénio (inspiração). São elas que permitem que a vida na Terra continue, pois sem este elemento químico morreríamos, tal como todos os animais na Terra.

Imagem retirada de https://pxhere.com/pt/photo/1609226

Devido a esta fase de confinamento que vivemos, muitas pessoas deixaram de ver esta beleza natural diariamente, os pássaros a cantar, o verde das árvores, o cheiro das flores, etc. A Natureza é do mais bonito que há neste mundo e só de pensar que não a vemos tantas vezes como costumávamos é triste. Ela é insubstituível, desde a sua beleza até às suas funções. Se nós a perdemos, perdemo-nos a nós próprios, nem estaremos aqui para contar a história de uma linda beleza natural que matámos por ganância.

Imagem retirada de https://www.wallpaperflare.com/aves-vida-selvagem-tropical-natureza-floresta-humida-exotico-wallpaper-wwazb

Enquanto esta fase não acaba, a única coisa que podemos fazer é esperar e ficarmos seguros. Enquanto isso, ela irá esperar por nós e nós por ela.

Texto de Catarina Afonso, 8ºA

Trabalhos alusivos ao Dia do Pi


No dia 14 de março comemora-se o dia do Pi. A escolha desta data deve-se ao facto de os americanos escreverem a data começando pelo mês e só depois o dia e, assim, a data de 14 de março é escrita como 3/14, sendo 3,14 o valor aproximado às centésimas para o número pi. 



Este ano também se comemorou pela primeira vez o Dia Internacional da Matemática, após a sua proclamação pela UNESCO, e o dia escolhido foi o dia do Pi.
Às turmas 8ºB, 8ºC, 9ºC e 9ºD no final do segundo período foi lançado pela professora de matemática o desafio  de elaborarem um desenho ou um poema alusivo ao Pi. Os trabalhos que se seguem são dos alunos e alguns familiares que aceitaram este desafio.


Violante Almeida,
Professora de matemática

sexta-feira, junho 05, 2020

Como indicar bibliografia e webgrafia?

A professora bibliotecária realizou esta manhã uma sessão via Google Meet com a turma 7ºA para indicar a importância de respeitar normas ao construir uma bibliografia e uma webgrafia.
Depois de um pequeno diagnóstico pela ferramenta Mentimeter, a apresentação prosseguiu com orientações e exemplos, que constam do guião que ora se publica.



Esta sessão insere-se nas atividades de apoio ao currículo por parte da Biblioteca Escolar e contou com a participação de 24 alunos e dois professores. Pode ser replicada para qualquer turma do 3º ciclo e aprofundada para os alunos de secundário, tal como aconteceu em momentos presenciais. 

BI.esARS março 2024

5 Bi Es Ars Mar Ler mais publicações no Calaméo