segunda-feira, junho 22, 2020

O recreio, de Mário de Sá-Carneiro


Imagem de https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=30591&picture=baloico-velho

Na minha Alma há um balouço
Que está sempre a balouçar ---
Balouço à beira dum poço,
Bem difícil de montar...
- E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...
Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...
- Cá por mim não mudo a corda,
Seria grande estopada...
Se o indez morre, deixá-lo...
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar-se enquanto vive...
- Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive...
                       Mário de Sá-Carneiro


Este poema lembra-me a minha infância e os tempos em que eu brincava e tinha vestido o bibe do meu colégio. Faz-me sentir feliz por recordar esses momentos e faz-me também sentir muitas saudades. Desejo sentir sempre uma criança no meu interior, assim como o autor do poema, uma vez que a minha infância está associada a sentimentos muito positivos como a alegria, a liberdade, o amor, o carinho, a diversão.
Comentário de Guilherme Pereira, 8º C 

1 comentário:

50 anos da revolução: 25 de abril é SEMPRE!

  Explicação do País de Abril País de Abril é o sítio do poema. Não fica nos terraços da saudade não fica nas longas terras. Fica exacta...