segunda-feira, junho 22, 2020

Cristiano Ronaldo na Amora - 2º prémio de Escrita Criativa


O meu nome é Tetyana, ucraniana de nascença, mas a vida fez-me emigrar e vir morar em Portugal, em Paio Pires mas algum tempo se passou e decidi mudar-me para a Amora, margem sul do Tejo mais propriamente. Eu tenho um salão de beleza e sou apaixonada pelo meu trabalho, mas nas horas vagas gosto de escrever para o jornal da região, e não vão acreditar no que eu descobri!

Imagem de https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=270080&picture=manicure-pequena-com-rosa


No mês de março de 2020, andava eu no meu passeio pela baía da Amora e quem encontrei? O Cristiano Ronaldo e a sua família. Tive de olhar algumas vezes para perceber se eram realmente eles. Ora, por uma questão de curiosidade e admiração, fui ter com eles, estava muito curiosa acerca do porquê de estarem ali. Como também tenho um casal de gémeos (sim, decidi adotar um casal de gémeos), fiz conversa com eles e descobri o que achava ser impossível, nem apareceu nos media. Parece que o Cristiano teve uma grande lesão e já não pode jogar em Itália, nem no futebol profissional. Então ele e a Georgina decidiram mudar-se para a Amora, queriam fazer a vida num lugar sossegado, onde eles pudessem criar as crianças com calma e sem confusão, mas como ele ainda poderia jogar mas sem muitos esforços decidiu começar a treinar no Futebol Clube da Amora pois não queria parar de jogar tão repentinamente. Falámos por algum tempo, pouco depois cada um foi para sua casa, até tivemos uma conversa agradável.

Imagem de https://pixabay.com/pt/photos/viagens-cristiano-ronaldo-cr7-3063482/

Um tempo depois tornei-me a manicure da Georgina. Avisei-a logo de que não fazia unhas de gel mas ela não se importou, disse que podiam ser à minha maneira. Começámos a conversar mas sempre que ela lá ia conseguíamos pôr a conversa em dia. Começámos a aproximar-nos. Afinal eles são pessoas normais e não é por serem de uma classe alta que não podem ter amigos de classes inferiores. O tempo foi passando e lidávamos mais uns com os outros, até passávamos algum tempo juntos por causa das crianças.
Mas nem tudo são flores. Infelizmente tive uns problemas no salão. Alguns aparelhos estavam muito gastos e já estavam a estragar-se e se isto já não era bom ainda por cima estava a ter menos clientela porque tinha aberto outro salão de beleza. Eu precisava de ajuda mas sempre fui uma pessoa que não gosta de incomodar os outros. Então decidi escrever mais para o jornal da região. Eu até tinha jeito para escrever mas não era como ter o salão, pois isso era a minha paixão mas eu precisava de ganhar uns trocos com alguma coisa. Então, por que não?
Os clientes habituais começaram a achar estranho pois agora fechava o salão mais cedo do que o habitual. Como a Georgina já era uma cliente habitual e como falava mais comigo, perguntou-me o motivo pelo qual eu estava a fechar tão cedo. Acabei por lhe dizer, pois já eramos muito próximas ela perguntou-me porque é que eu n tinha dito nada, pois eles teriam ajudado. Eu disse que não era preciso, mas ela insistiu, pois é isso que fazem os amigos.
Pouco tempo depois tudo começou a resolver-se. Ainda ia demorar um pouco, pois tinha que arranjar muita coisa no salão. Pensei que poderia escrever uma história sobre o que se tinha passado ao longo destas semanas e tentar passar uma mensagem às pessoas que chegassem a ler que as diferenças não interessam, mesmo que sejamos de classes diferentes, cor ou nacionalidade. Não interessa, podemos dar-nos todos bem.       

Tatiana Santos, Luana Pinto, Maria Quintal,
Francisco Pereira, Mariana Galvão (8º A)

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